A preservação do patrimônio cultural como âncora do desenvolvimento econômico
Desde 1997, o BNDES apoia a preservação do patrimônio histórico e arqueológico brasileiro. O resultado desses 14 anos de trabalho permanente transformou o Banco em uma das mais importantes instituições apoiadoras desse segmento no país, tanto pela regularidade de sua ação como pelo montante de recursos investido, que já ultrapassa R$ 230 milhões. Ao longo desse período, o BNDES acumulou experiência e buscou, gradualmente, aproximar suas ações no campo do patrimônio histórico de sua atividade-fim, o desenvolvimento econômico brasileiro. Neste processo, diversos projetos exitosos como os de Barcelona e de Quito, e movimentos de organismos multilaterais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), relatados neste artigo serviram como referência metodológica, comprovando o imenso potencial de geração de riqueza existente no patrimônio. No Brasil, a partir do lançamento do PAC Cidades Históricas, em sequência ao programa Monumenta, inaugurou-se uma nova abordagem não apenas preservacionista, mas com viés de desenvolvimento. Neste contexto, o BNDES vem amadurecendo uma nova abordagem para nortear suas ações na preservação do Patrimônio Cultural. O BNDES acredita que o patrimônio pode vir a ser a mola propulsora do desenvolvimento socioeconômico local, e que os sítios históricos recuperados podem tornar-se ativos culturais e turísticos relevantes para as cidades. É esta capacidade de gerar desenvolvimento que vai estimular e garantir a preservação deles. Ao contrário do que muitos acreditam, a existência desse patrimônio protegido não pode ser vista como um fardo inútil e um entrave ao crescimento, mas como um importante ativo a ser explorado em prol do desenvolvimento. Por esse motivo, o BNDES vem ampliando permanentemente a destinação de recursos a esse segmento e, paralelamente, tornando sua ação mais abrangente.