Mapas Culturais no Ministério da Cultura

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A plataforma Mapas Culturais*, no âmbito do Ministério da Cultura, será utilizada como uma das bases formadoras do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais. Esta plataforma, que é licenciada como software livre, é fruto de um acúmulo de muitas experiências, dentro e fora do ministério, nos últimos 10 anos.

Esta solução já é utilizada em São Paulo, Blumenau, São José dos Campos, Sobral e nos estados do Rio Grande do Sul, Tocantins e Ceará. Além disso, estamos em diálogo com parceiros no Uruguai que também está adotando a ferramenta no âmbito do Ministério da Educação e Cultura.

O objetivo ao adotar esta plataforma é nos unirmos a essas e outras iniciativas de implementação de sistemas de informação cultural por todo país, no sentido de qualificar a gestão e construir uma base nacional de informações culturais a partir da integração de todos os sistemas locais.

Por ser um software livre, já adotado em diversos lugares, e que está em constante desenvolvimento, ele surge como uma evolução ao atual RAC (Registro Aberto da Cultura).

A estratégia é oferecer para as áreas do ministério e a estados, municípios e Distrito Federal a possibilidade de criarem seus próprios Mapas da Cultura, com todas as funcionalidades que esta ferramenta oferece, para utilizarem no seu dia a dia para a gestão e comunicação. A partir de um uso local, para resolver problemas locais, os entes federados estarão contribuindo com informações valiosas para a gestão cultural no país. Informações claras, confiáveis e atualizadas sobre o campo da Cultura são fundamentais para subsidiar tanto o planejamento e as tomadas de decisão referentes às políticas públicas culturais, como também os investimentos e ações dos setores privados.

Além disso, a base de dados do SNIIC, alimentada pelos Mapas Culturais e outras fontes, servirá de base para outras plataformas de participação/informação específicas. Aplicativos de celular, sites de agenda cultural e outras plataformas derivadas serão criadas.

Rede Cultura Viva, Sistema Nacional de Bibliotecas e plataforma de gestão colaborativa dos CEUs das Artes são algumas das soluções que já estão sendo desenvolvidas com base no Mapas Culturais aqui no ministério.

Abaixo listamos as principais melhorias que pretendemos desenvolver para o Mapas Culturais. São demandas que mapeamos a partir do estado atual da plataforma, que certamente serão mais fáceis de ser entendidas por quem já a conhece. No entanto, abrimos aqui como um convite a todos os interessados em participar da construção do futuro do SNIIC.

Sistema “Multi-sites”: Possibilidade de uma mesma instalação de Mapas Culturais, utilizando um mesmo bando de dados, possa servir a várias plataformas diferentes, como o Mapa da Cultura e o Mapa do Sistema Nacional de Bibliotecas.

Possibilidade de criação de novas certificações: Atualmente o software só permite uma certificação, indicando se a entidade é ou não é “oficial”. E preciso criar suporte para multiplas certificações. Por exemplo, queremos certificar as entidades que são “Pontos de Cultura”, ou que fazem parte do “Sistema Nacional de Bibliotecas”, ou que são patrimônios reconhecidos pelo IPHAN.

Personalização de perfil: Na perspectiva de enxergar este grande mapa como a base para redes, intercâmbios, plataformas de circulação e muito mais, é importante que as pessoas e instituições tenham liberdade para criar e personalizar seus perfis, de maneira que se reconheçam nesse espaço. Para isso, é preciso avançar em uma ferramenta de personalização das páginas de perfil.

Melhorar usabilidade de relação entre agentes: A relação entre agentes é uma das ferramentas mais poderosas do Mapas. Com ela é possível criar a rede de relação entre agentes, espaços e eventos. No entanto, a interface para se fazer isso ainda precisa melhorar, e precisamos também permitir que os visitantes naveguem e visualizem essa rede de relações.

Federação: Permitir a integração de diferentes instalações de Mapas Culturais, de maneira que os usuários possam circular de uma instalação a outra com seus dados, sem depender de uma instalação central. Dessa maneira, o produtor cultural que já está cadastrado no mapa de São Paulo poderá interagir no mapa nacional ou no mapa do Ceará sem precisar manter vários cadastros.

Também destacamos as seguintes funcionalidades:

  • Armazenamento do histórico das alterações das informações
  • Melhorar maneira de cadastramento de projetos (diretamente a partir dos eventos) – usar também para mapear eventos “fixos” como festivais e feiras
  • Transformar sistema de inscrições em editais em sistema mais genérico de “oportunidades” para utilização em mais contextos
  • Possibilidade de se abrir inscrições para eventos
  • Possibilidade de se criar uma entidade dupla, que é ao mesmo tempo um espaço e um agente, e que suas informações fiquem ligadas em uma única tela de edição
  • Possibilidade de usuários sugerirem correções à informações do mapa
  • Acompanhamento de eventos e controle social

Estamos trabalhando para que a migração do atual RAC para esta nova ferramenta seja a mais suave possível, preparando um material de apoio para os usuários e nos antecipando as dificuldades que devemos encontrar, mas estamos confiantes de que estamos no caminho certo, prestes a oferecer a sociedade uma ferramenta ainda melhor, que se apóia no acúmulo de experiências que tivemos dentro e fora do Ministério da Cultura.

* Mapas Culturais é um software livre, fruto de uma parceria entre a secretaria de cultura do município de São Paulo e o Instituto TIM.

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